A vida é breve, querido. Breves são os prazeres na eternidade em que duram, a mulher sussurrou em silêncio.
Há anos as palavras mofavam nos cantos do quarto escuro. Porém, hoje seria diferente. Ela fitava o homem friamente observando seu sono. Ridículo. Parecia um porco dormindo após cevar sua fome. Enojada, levantou-se da cama e banhou-se; vestiu roupas pretas; pintou-se; perfumou-se; calçou os sapatos; tirou o 38 da bolsa e, com um sorriso maligno, vingou-se.
O silêncio morreu.
Há anos as palavras mofavam nos cantos do quarto escuro. Porém, hoje seria diferente. Ela fitava o homem friamente observando seu sono. Ridículo. Parecia um porco dormindo após cevar sua fome. Enojada, levantou-se da cama e banhou-se; vestiu roupas pretas; pintou-se; perfumou-se; calçou os sapatos; tirou o 38 da bolsa e, com um sorriso maligno, vingou-se.
O silêncio morreu.
"Mofo", de Francesca Martins.
F, seus textos continuam líricos, lindos, densos, embora secos. Tem algo que me lembram Dalton Trevisan.
ResponderExcluirbeijos de quem quer ler e ver mais, muito mais.
marcelo